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ANIVERSÁRIO DAS CIDADES
Em Oriximiná, Queda da Torre da Tele Pará completa 37 anos

Em Oriximiná, Queda da Torre da Tele Pará completa 37 anos

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Foto: Diário do Pará

Três pessoas morreram, outras nove ficaram feridas e seiscentas crianças foram salvas.


O dia era 23 de setembro, o ano 1985, às 15h30min daquela tarde por conta de um grande vendaval de aproximadamente 60 km/h, atingia fortemente o município de Oriximiná, no oeste do Pará. A torre de ferro que media 130m de altura caia sobre parte da escola Lameira Bittencourt.

Naquela tarde as aulas foram canceladas, e os alunos liberados por conta da vinda do então governador do estado Jader Barbalho, junto com o Senador Hélio Gueiros e o restante da comitiva no aeroporto municipal, que chagariam para realizar uma visita na cidade. Quando a torre desabou, o prédio da escola estava vazio, as seiscentas crianças que estudavam ali no período da tarde se salvaram, evitando uma tragédia maior.

O professor Edivaldo pontes, que era aluno na época, lembra que a estrutura da torre destruiu a sala onde ele estudava. “Quando ela cai, no sentido da escola e pega justamente a sala, a qual eu era aluno, se a direção da escola na época, não tivesse a sensibilidade, a atenção, preocupação de liberar os alunos, acredito que uns trinta e poucos alunos hoje não estaríamos aqui. Não sobrou nada da nossa sala, nem de uma parte do banco. A ponta da torre foi pegar onde a gente chama o curvão, buracão. Então, a nossa turma se está naquele momento ali a fatalidade seria bem maior”, conta.

Nelson de Oliveira foi uma das pessoas que sobreviveu. Hoje com idade avançada, o senhor diz que estava na agência do Banco do Brasil naquele dia, e foi uma das pessoas que teve sequelas pelo corpo, com a tragédia. “Me quebrou as duas pernas, meu peito, pé. A gente estava no carro esperando o Dr. Alberto, que era o chefe. Ai, ele nos chamou pro banco. Na hora que a gente entra, a torre caiu. Perto de mim estava um que faleceu, e trabalhava no banco, era terceirizado. Mais outros foram acidentados do IBAMA eu, DR. Alberto e o Braz Sarubi”, relembra.

Três pessoas morreram, após a queda da torre. Outros três funcionários do Banco do Brasil, dois funcionários do IBDF ficaram gravemente feridos e tiveram de ser transferidos para Belém. O professor João Felipe na época, recorda que saiu da agencia bancaria e minutos depois a torre veio a desabar. Ele relata que foram momentos de pânico ao ver a estrutura da torre ter feito vítimas. “Eu estive no banco do brasil, nesse dia, na tarde quando a torre caiu e vim embora dobrei o canto. Lembro muito bem quando eu saí começou a chuva, aquele temporal. E eu me lembro de ter conversado com umas das últimas pessoas foi o Dimas que morreu. Quando eu pego a travessa do banco do Brasil, dobro a sete de setembro chego na UFF, ouço um barulho e a luz a pagou. De repente, vejo as pessoas correndo sem saber o que era, olha caiu a torre. Eu não acreditei, porque eu tinha acabado de sair de lá. Não levou dez minutos, eu não estava acreditando. De fato, quando eu olho pra cima a torre envergou, ela virou caiu. Parte do bico dela caiu sobre o Lameira eu fiquei muito nervoso com aquilo. Primeiro horror que eu vi foi a questão do Dimas, da viga que caiu na cabeça dele, depois o Gilberto que trocou de caixa com o Elídio, que estava num determinado caixa, inclusive foi ele que me atendeu. Quando caiu, o Gilberto foi vítima, morreu também. O Teodorico estava lá, prefeito de Faro, ele se encolheu num cantinho e os ferros passaram por ele, e não teve um arranhão nadinha. A queda da torre parou a cidade, ficamos sem luz e incomunicáveis com o resto do mundo. Foi um horror, terrível. Então, cada pessoa que a gente via sair vivo dali era uma vitória, mesmo em estado de choque, foi um momento muito triste, não foi fácil”, relata.

Na edição do jornal, foi descrito que a empresa prestou socorro aos que foram vítimas e feridos, por meio do Presidente da Telepará, João Malcher Dias Filho. O mandatário disse na época que a base da torre apresentava perfeitas condições e estava bem preservada, que as estruturas foram retorcidas com a ventania.

A equipe de técnicos da empresa, chefiada por José Clarício e Odemar Novaes Coutinho foram enviados até Oriximiná, com o objetivo de fazer o levantamento da situação no município. Conforme relatório dos profissionais, a comunicação na região tinha sido paralisada, inclusive com as linhas de Maraca e Porto Trombetas.

O Diário do Pará apurou junto ao diretor Rizzo Mendonça do Distrito de Meteorologia, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, que foi uma chuva de verão que fez com que acontecesse o desabamento da torre. Naquele ano, não havia nenhuma estação para acompanhar a situação do tempo na região, mas Rizzo em entrevista ao jornal declarou que foi uma típica chuva de época, com características por ser forma de pancadas, com intensidades nos ventos, sendo eles fortes com trovoadas.

Uma curiosidade naquele dia, segundo o relato do diretor, é que na mesma data do acontecimento em Oriximiná, na capital Belém, caia uma chuva idêntica no horário entre 14hs40min e 15hs45min, com as mesmas características; forte, rápida e com muitas trovoadas, mas com um porém, que o fenômeno lá em Belém não teve nada a ver com o ocorrido em Oriximiná.





Vítimas Fatais

Gilberto Rodrigues, Dimas Lázaro da Silva Barbosa e Carlos Alberto da Costa Feijão.

Os feridos

Três funcionários do Banco do Brasil, dois funcionários do IBDF ficaram gravemente feridos tiveram de ser transferidos para Belém e foram internados na Clínica dos Acidentados, no Largo de Nazaré. Os outros quatro feridos permaneceram em Oriximiná, para receberem atendimentos médicos no Hospital do SESP.

Por
Redação Amazoon Notícia
Com informações do Site Hoje em Pauta

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