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ANIVERSÁRIO DAS CIDADES
Sespa chama a atenção para as medidas preventivas contra a surdez

Sespa chama a atenção para as medidas preventivas contra a surdez

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Foto: Bruno Cecim / Agência. Pará

Há várias causas de surdez, mas as medidas preventivas começam desde antes do nascimento com serviços que estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde.


No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, comemorado nesta quinta-feira (10), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) alerta sobre as medidas preventivas e informa sobre os serviços públicos estaduais disponíveis para atender usuários surdos ou deficientes auditivos, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

A data foi instituída pela Portaria de Consolidação Nº 1, de 28 de setembro de 2017, que consolidou as normas sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde, a organização e o funcionamento do SUS, como o propósito principal de educar, conscientizar e prevenir a população brasileira dos problemas causados pela surdez. Segundo dados do IBGE, há mais de dez milhões de pessoas surdas no Brasil.

A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, onde essas ondas são transformadas em estímulos elétricos e enviadas ao cérebro, órgão responsável pelo reconhecimento daquilo que se ouve. Surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir.

Há várias causas de surdez, mas as medidas preventivas começam desde antes do nascimento com serviços que estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde.

Nas gestantes, doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose podem provocar a surdez nas crianças. Por isso, é muito importante que a mulher grávida faça o pré-natal para o diagnóstico e tratamento precoce dessas doenças.

A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba, então é importante que as mulheres tomem a vacina antes da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas.

A meningite também pode causar surdez, por isso, outras vacinas importantes para as crianças são as que protegem contra a meningite, ou seja, Pentavalente, contra Influenzae B e mais quatro doenças; Pneumocócica 10-valente, que previne contra meningites, otites e sinusites causadas pelos sorotipos que compõem a vacina e vacina contra a meningite meningocócica C.

Segundo a médica pediátrica e coordenadora estadual de Saúde da Criança, Ana Cristina Guzzo, depois que a criança nasce, é importante fazer o teste da orelhinha e que todos os hospitais de gestão estadual que possuem maternidade disponibilizam o teste que é obrigatório e gratuito desde 2010, conforme a Lei Nº 12.303.

Ela informou, ainda, que dados do Sistema de Informação Ambulatorial-(SIA/SUS) do Ministério da Saúde, em 2021, foram registrados 24.722 exames de triagem auditiva neonatal (testes da orelhinha). Já de janeiro a agosto de 2022, foram registrados 9.811 exames. “A inserção dos dados no sistema é uma responsabilidade dos municípios e a análise comparativa é realizada anualmente”, ressaltou Ana Cristina Guzzo.

Para o médico otorrinolaringologista Murilo Lobato, que atua no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), o teste da orelhinha é fundamental para o diagnóstico precoce de perdas auditivas e para que mais cedo ocorra a reabilitação, o uso de prótese e o que for necessário para o usuário. “Quanto mais cedo se detecta a perda auditiva, mais cedo a gente começa a trabalhar, para que a criança tenha menos prejuízo mais inclusão na escola e na sociedade”, ressaltou.

Prevenção na idade adulta – Murilo Lobato disse, ainda, que as medidas ambientais são imprescindíveis para a prevenção da surdez entre jovens e adultos, principalmente por meio do controle do ruído no ambiente de trabalho.

O especialista ressalta que é muito importante que as empresas tenham todo um controle sobre os funcionários que trabalham em ambiente muito ruidoso, assegurando que eles usem equipamentos de proteção individual e permaneçam somente o tempo de exposição necessário para a atividade, e não muitas horas consecutivas.

“Pois a perda auditiva por ruído depende de alguns fatores, tais como tempo em que você é exposto diariamente ao ruído. Quanto maior o tempo e a intensidade de exposição, maior a chance de você desenvolver perda auditiva”, alertou Murilo Lobato.

No que tange aos tratamentos disponíveis atualmente, Murilo Lobato informou que há uma série de tratamentos que envolvem próteses auditivas, implantes auditivos (colocação de chips) no ouvido interno, e próteses ancoradas.

“Então, hoje temos uma tecnologia muito ampla para se trabalhar com pacientes com perda auditiva. A escolha do que será usado depende do tipo de perda, se é leve, moderada, severa ou profunda, se é pré ou pós-lingual, ou seja, que se instalou antes ou depois que a criança aprendeu a ler, falar ou entender a fala, para que se preencha um protocolo e em cima disso se defina qual a melhor estratégia de tratamento”, explicou.

Reabilitação - Além de oferecer atendimento médico e exames específicos para o diagnóstico de perda auditiva, o CIIR oferece aos usuários o Programa de Reabilitação Auditiva.

Segundo a coordenadora de Reabilitação do CIIR, Marianne Vianna, após a consulta com o médico otorrinolaringologista, quando há indicação, o usuário passa por uma avaliação global, com equipe multiprofissional, composta por enfermeiros, assistentes sociais, fonoaudiólogos e psicólogos.

“Os terapeutas avaliam a demanda de cada um, elaboram um plano terapêutico individualizado e, se houver necessidade de prótese auditiva, passa por uma triagem, e, só então, recebe o Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) e acompanhamento profissional para um período de adaptação e reabilitação.

“Vale ressaltar que, a partir do momento que o usuário se torna um reabilitando, além dos serviços de audiologia, ele pode contar com todos os atendimentos ambulatoriais e atividades complementares oferecidos pelo CIIR”, explicou Marianne Vianna.

Entre as atividades terapêuticas e complementares, merecem destaque as atividades esportivas e culturais como canoagem por meio do Projeto Meninos do Rio, judô, atividades na piscina e mais recentemente, a terapia de Realidade Virtual.

Também é importante citar que o CIIR dispõe de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para mediar os atendimentos dos usuários surdos.




Por 

Redação Amazoon Notícia
Com informações da Agência Pará

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