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ANIVERSÁRIO DAS CIDADES
Maior árvore da América do Sul esta na Flota Parú, no Pará

Maior árvore da América do Sul esta na Flota Parú, no Pará

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Reprodução: TV Globo

 Com 88 metros de altura, árvore mais alta da Amazônia foi identificada por sensor remoto durante expedição, conhecida como Angelim Vermelho.


Uma equipe de 30 pessoas fazia uma perigosa viagem, primeiro de barco e depois a pé, em busca de uma árvore em especial na floresta que atraiu a atenção do mundo. Pesquisadores de diferentes países, moradores locais, bombeiros e um escalador estavam à procura da árvore mais alta da Amazônia brasileira já registrada.


Percorreram 220 quilômetros de barco e caminharam 10 quilômetros mata adentro até encontrarem um exemplar espécie Dinizia excelsa, também conhecida como Angelim Vermelho, dentro de uma unidade de conservação estadual de uso sustentável, a Floresta Estadual do Parú, no Pará.

Reprodução: TV Globo

A árvore tem 88 metros de altura – algo equivalente a um prédio de 24 andares. Sua altura é um recorde para a Amazônia brasileira, que ainda não tinha registrado nenhuma árvore com mais de 70 metros de altura.


A descoberta da equipe coordenada pelo professor Eric Bastos Gorgens, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), virou artigo na publicação acadêmica Frontiers in Ecology and the Environment, uma das mais conceituadas revistas de ecologia do mundo.


Localizaram outros exemplares de Argelim Vermelho, com diâmetros que variam de dois a três metros, espécie valorizada no mercado de madeira. A equipe escalou árvores para coletar material botânico e validar a altura. "Foram utilizadas técnicas que não machucam a árvore", explica o professor da UFVJM.

 

Por que a descoberta é importante?

 

Para o professor Eric Gorgens, a descoberta da árvore mais alta da Amazônia brasileira é uma prova de como ainda se conhece pouco sobre a floresta e mostra a importância da preservação. "Toda vez que a ciência encontra algo nunca antes imaginado, acende um alerta voltado para a preservação. Imagina a quantidade de plantas, animais, insetos entre outras coisas que ainda estão para ser descobertos", afirma.


"As nossas florestas possuem uma riqueza já conhecida que ninguém discute, mas ainda reservam segredos que levam tempo e dedicação para sua descoberta. A exploração não planejada, sem a adoção de práticas sustentáveis, voltado somente para a produção, compromete a manutenção dos nossos recursos naturais", avalia.


Gorgens classifica a existência de uma árvore de 88 metros de altura como "extraordinária" para a Amazônia brasileira. O professor diz ainda que crescer em altura é um desafio para as árvores.


"As árvores altas são mais propensas à quebra e à queda, seja por vento, ou seja por não aguentar o próprio peso. As rajadas causam um torque na base da árvore, levando o fuste à um alto estresse. Outro fator que limita o crescimento em altura é o suprimento de água para copa. À medida que as árvores se tornam mais altas, o aumento da resistência hidráulica e o peso da coluna de água aumenta o estresse hídrico".


Por isso, diz ele, árvores gigantes são consideradas um evento raro. O engenheiro florestal Matheus Nunes, da Universidade de Helsinque, na Finlândia, destaca a importância da descoberta e da existência das árvores gigantes para o ecossistema.


Além de afirmar que esses raros exemplares da flora são um laboratório natural para conhecer como elas chegaram a tais alturas, elas têm um papel fundamental no ciclo do carbono. "Pois elas têm maior biomassa e, portanto, são capazes de sequestrar mais carbono", explica.


O próximo para grupo é entender o que levou essas árvores a atingirem alturas tão elevadas na Amazônia, tanto do ponto de vista ambiental, quanto do ponto de vista fisiológico.



Por
Redação Amazoon Notícia
Com informações da BBC e do g1.

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