Na publicação anual, a empresa traz um balanço dos investimentos em reflorestamento, ações socioambientais, programas educacionais, inovação, segurança das operações e o cuidado com as pessoas.
Respeito, cuidado, inclusão, inovação. É na conexão desses valores que uma ação sustenta a outra dentro de uma cadeia de valor. Tudo com o propósito de gerar oportunidades de desenvolvimento sustentável, preservar o meio ambiente e construir de forma conjunta um legado para gerações futuras. Todas essas ações, incluindo a forma como elas tem refletido na qualidade de vida dos moradores da região, estão destacadas no “Relatório Sustentabilidade MRN 2021 – O orgulho do presente em cada passo para o futuro”, disponível no site da empresa.
Com foco na transparência e na qualidade das informações, a publicação traz dados sobre investimentos em reflorestamento, ações socioambientais, inovação, segurança das operações e a conquista de importantes certificações, como o Padrão de Performance ASI (Aluminium Stewardship Initiative), única iniciativa global de sustentabilidade voluntária para a cadeia de valor do alumínio, com 59 princípios que vão de biodiversidade e liderança à transparência. O selo atesta ao mercado e à sociedade o compromisso da companhia com uma mineração sustentável de bauxita.
“Acreditamos,
sim, que é possível operar de forma responsável e consciente. Somos prova
disso, uma mineração com iniciativas que impulsionam o desenvolvimento e o
protagonismo das pessoas. Tudo isso, pensando em um futuro que vá além da
mineração e que seja construído, em parceria, com as pessoas da região”,
destaca Guido Germani, CEO da MRN.
Na parte
ambiental, a empresa desenvolve programas robustos, como os de monitoramento de
fauna, flora, recursos hídricos, ar, solo, gestão de resíduos urbanos e
industriais, além de conduzir o reflorestamento com espécies nativas, que é um
referencial na mineração de bauxita. Em 2021, foi feita a restauração florestal
de 523,8 hectares, totalizando uma área recuperada de 7,5 mil hectares em 42
anos, o equivalente a 10.504 campos de futebol.
“Ressaltamos
que nosso empreendimento ocupa apenas 4,2% da Floresta Nacional (Flona)
Sacará-Taquera, sendo que um quarto está em avançado processo de regeneração
florestal. O compromisso com a preservação ambiental conta com a participação
fundamental dos comunitários, que têm a oportunidade de obter renda ao fornecer
as sementes e mudas para nosso Viveiro Florestal, cuja capacidade de produção é
de um milhão de mudas ao ano. Além disso, investimos em tecnologia e inovação
em nossas operações, adotando sempre as melhores práticas globais do mercado”,
complementa Vladimir Moreira, diretor de Sustentabilidade e Jurídico da MRN.
Parceria,
aprendizados e avanços
Outro
importante destaque são os projetos socioambientais, apoios e patrocínios junto
às comunidades. Foram investidos mais de R$ 23 milhões em iniciativas que atenderam
importantes eixos, como geração de renda, educação, cultura, saúde, preservação
ambiental e patrimonial.
Ações que
beneficiam pessoas como a piscicultora Maria Mota, a dona Zuma, que reside na
comunidade Bacabal, na região do médio Trombetas. Ela participa do Projeto Apoio à Piscicultura, que no ano
passado reduziu custos na construção de tanques ao substituir as bombonas – equipamentos
que auxiliam na estabilidade da estrutura – pelas garrafas PET (polietileno
tereftalato) de dois litros, material de fácil acesso e baixo custo, que são recolhidas
durante a coleta de resíduos sólidos, no distrito de Porto Trombetas, e doadas
aos comunitários.
Para garantir o bom funcionamento dos reservatórios, foi criado um equipamento a partir de câmaras
de ar de pneus de bicicleta e bomba de ar. Assim, é possível encher as garrafas
dando a elas maior resistência à pressão e capacidade de flutuação dos tanques
na água. “Antes, tínhamos que sempre trocar as bombonas dos tanques entre
três e cinco anos, ou até menos. Além disso, os reservatórios afundavam e
tínhamos que ir atrás de material para construir novos. Agora, a mineradora
traz as garrafas e colocamos no tanque, fica mais firme para trabalhar e dura
mais tempo flutuando na água, além de ser mais seguro”, festeja dona Zuma.
A conscientização ambiental realizada
por meio dos projetos socioambientais da também é comemorada entre os
comunitários. “Aprendi muito sobre os
cuidados com animais e as leis de defesa que protegem eles, assim como entendi
que é crime maltratar e caçar de qualquer forma. É importante saber que a natureza
tem um fluxo, e que devemos preservar os animais para não ter extinção, pois
havendo extinção a natureza entra em desequilíbrio, e os animais são
fundamentais para o meio ambiente”, comenta Edinara de Souza Régis, da
comunidade Último Quilombo, participante do Projeto de Educação Ambiental
(PEA).
“Para nós é
muito importante ter um programa de preservação de quelônios. Se não tiver, não
demora muito, você vai andar para ver um filhote de um tracajá e será difícil.
Acho muito importante ter a parceria do ICMBio, da MRN e demais entidades que queiram
ajudar. Espero que essa parceria continue por muitos e muitos anos. Tenho uma
netinha que conheceu, na última soltura, um filhote de tracajá”, celebra Antônio
Luiz dos Santos, morador da comunidade do Moura, que integra como voluntário o
Programa Quelônios do Rio Trombetas (PQT).
Segurança das
operações
A MRN
investe constantemente em novas tecnologias, sistemas de gestão de
monitoramento e inspeção com o intuito de minimizar os riscos de seus reservatórios/barragens.
No ano passado, foram aportados R$ 163,7 milhões em projetos e obras associadas
à segurança de barragens.
A empresa
também realizou os primeiros testes industriais de remoção mecanizada de
rejeito seco visando, principalmente, a disposição em cavas mineradas e a
utilização nos processos de descaracterização de antigos reservatórios,
aumentando a vida útil do sistema existente para uma operação mais sustentável.
Investimentos
robustos em tecnologia possibilitaram a criação da Sala de Monitoramento de
Barragens, 100% dedicada à segurança dos 24 reservatórios de rejeito e das duas
barragens de sedimento, A1 e Água Fria, que servem para acumular e clarificar
águas das chuvas que incidem sobre o pátio de embarque.
A Sala de
Monitoramento é a primeira linha de defesa de segurança dos reservatórios e
barragens da empresa. No local, são compilados os dados dos sensores, sendo a
maior parte automatizada, onde pode ser detectada qualquer anormalidade das
estruturas de disposição de rejeito e barragens de sedimento, possibilitando
iniciar de imediato os protocolos de ações emergenciais, caso haja necessidade.
PAEBM - Em paralelo, foram feitas atividades
do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), documento
técnico que apresenta as iniciativas a serem tomadas em potenciais situações de
emergência. Além dos simulados com empregados, foram
realizadas ações periódicas de treinamento do PAEBM nas comunidades Boa Vista,
Boa Nova e Sacará, no Lago do Sapucuá. Foram feitos seminários orientativos em
todas essas localidades e um simulado de emergência de barragem na comunidade
Boa Vista. Todas essas atividades ocorrem de forma colaborativa entre a MRN,
Defesa Civil do município de Oriximiná, 4º Grupamento Bombeiros Militar de
Santarém, 9° PPD da Polícia Militar de Porto Trombetas e associações
comunitárias.
Diversidade e inclusão na prática
O Relatório de Sustentabilidade
retrata os resultados do programa de diversidade e inclusão, o “MRN pra Todos”,
que completou um ano. A iniciativa engloba um leque maior de perfis profissionais
visando promover ambientes inclusivos e integrados, considerando gênero, gerações,
origem étnico-racial, convicções religiosas, orientação sexual, habilidades e formações
diferenciadas. O programa surgiu com um viés educativo sobre o respeito às
diferenças, a fim de garantir a equidade tanto nas políticas e práticas de
gestão de pessoas quanto na estratégia do negócio.
A maior participação de mulheres é um
dos frutos gerados pelo “MRN pra Todos”. Nos últimos dois anos, a empresa ampliou
de 6,6% para 9,2% a presença feminina, em todas as áreas, além de realizar
campanhas e capacitações para empregados, líderes e equipe do programa.
Os avanços dessa inclusão também são percebidos pelos empregados. “Cheguei aqui em 2012 por meio de uma
palestra e análise de currículos, especialmente para PcD. Tive preparação
durante um ano pela MRN, adquirindo experiência, me capacitando e, em breve, me
formo como Engenheira de Produção. Foi essencial ter essa oportunidade para
chegar até aqui. Eu percebi a evolução quando comecei a ter espaço para conversar,
para expor minhas necessidades, mostrando minha competência. E, hoje, percebo
que a empresa está cada vez mais aberta a todos os PcDs”, declara Erivane
Santos, assistente administrativa da empresa, com deficiência auditiva.
“Há dez anos, faço parte do quadro de profissionais
da companhia. Já participei de palestras sobre diversidade e acredito que é
importante a empresa ter critérios de inclusão bem definidos em vários
processos, pois assim conseguimos realmente ver pessoas de diferentes etnias no
nosso dia a dia. Nessas palestras, conheço mais sobre o tema e percebo que é
importante rever algumas ações e atitudes. E o programa é mais um passo e, como
homem negro e quilombola, vejo um caminho aberto e um espaço para falar”, afirma
Lenilton de Jesus, analista ambiental da MRN.
Uma nova marca para traduzir o
propósito de ser
Um outro marco importante implementado
pela MRN, em 2021, foi o lançamento do novo branding. As mudanças visíveis da
marca são, além das formas mais orgânicas e suaves, as cores e elementos
gráficos. O tom de verde escolhido para a marca reflete o respeito ao meio
ambiente e à construção de um legado sustentável para todo o ecossistema. Já o
elemento abaixo da tipografia, agora totalmente redesenhado, faz referência ao
leito do rio, mostrando as conexões com o negócio da empresa, já que o embarque
da bauxita é feito por via fluvial, e reforçando as conexões com as pessoas e o
meio ambiente da região. O rio que tudo conecta.
Com a tagline “Bauxita sustentável do
Pará para o mundo”, o novo posicionamento contou com uma campanha de lançamento
gradual. Foram realizadas diversas ações de aplicações da marca para fortalecer
o atual conceito. No primeiro momento, a mudança ocorreu no site, redes sociais
e plataforma de comunicação interna.
No site da MRN, foi disponibilizado o
manual da marca explicando todo a essência que sustenta esta plataforma de
branding, além de um vídeo manifesto. Para reforçar essa concepção aos públicos
de relacionamento, foram feitas peças de comunicação interna, postagens nas
redes sociais da empresa e uma exposição com cartazes explicativos (minidoors e
busdoors) para os moradores de Porto Trombetas. Uma estratégia de comunicação
diferenciada foi estruturada para as comunidades tradicionais em uma campanha
realizada, via aplicativo de mensagem instantânea, para apresentar a nova
marca.
“A MRN
é uma empresa de referência no processo produtivo, no respeito às pessoas e ao
meio ambiente. O reforço deste posicionamento não é sobre uma mudança na
empresa, mas sim para mostrar e ressaltar o que já fazemos, fortalecendo as
conexões que possuímos com tudo ao nosso redor e com o mundo”, destaca Karen
Gatti, gerente geral de Comunicação da MRN.
Ao final do Relatório de
Sustentabilidade, foi disponibilizado um link para acesso ao balanço financeiro
de 2021, no qual é possível conferir todos os investimentos de governança,
saúde, segurança, socioambientais e operacionais da empresa.
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