O evento expôs peças de cerâmica, biojoias, objetos de decoração, artesanato indígena, produtos reciclados, danças populares e comidas regionais
A
primeira Feira de Artesanato, organizada pelo Programa de Voluntariado da
Mineração Rio do Norte (MRN) reuniu, no último final de semana, comunidades
quilombolas, moradores locais e profissionais da empresa, em um evento especial
com trabalhos manuais, gastronomia, apresentações culturais e muita música, no
Centro Comunitário do distrito de Porto Trombetas, em Oriximiná.
A ação
teve também a participação dos artesãos do Projeto de Educação Ambiental e
Patrimonial (PEAP), que levaram peças de cerâmica e biojoias para expor e
vender na feira, e representantes da etnia indígena Wai Wai, que apresentaram a
arte por meio de brincos de penas coloridas e colares feitos de sementes e
estilizados com os símbolos da tribo. Dessa forma, o evento contribuiu para movimentar
a economia da região e promover a cultura local.
“Ainda
não tínhamos tido essa oportunidade, então é a primeira vez que podemos vender
em uma feira e ter um lucro maior. Estou feliz de estar aqui, e é importante
para gente, então fiz todos os esforços para participar. O projeto também é
muito importante e nos ajuda muito a aprender com a natureza”, comentou Ana
Cristina Passos, produtora de biojoias e artesã no PEAP, residente da
comunidade Nova Esperança.
Ray
Silva e o pai Raimundo Silva, moradores de Oriximiná, produtores de doces e
bolos, receberam treinamentos e capacitações, antes do evento. O grupo de voluntariado disponibilizou
quatro cursos: manipulação de alimentos, descarte de resíduos, empreendedorismo
e finanças pessoais, para auxiliar os artesãos no aprimoramento das suas
vendas.
“No
treinamento, o que mais me chamou a atenção foi o livro de Terapia Financeira
porque trouxe melhoria para o meu lado empreendedor. O curso me ensinou como
vender o produto e como torná-lo mais apresentável. Também aprendi sobre
controle de gastos e como me planejar para ter um bom lucro”, disse Ray. “Com a
feira, nossa expectativa é vender ainda mais os nossos produtos de castanha e
coco, expandindo nosso negócio", complementou.
Incentivo à economia
regional
Segundo
Gabriela Nascimento, analista de Relações Comunitárias da MRN, a ideia surgiu a
partir da iniciativa do grupo de voluntariado da empresa para conciliar o
interesse mútuo entre os artesãos que participam do PEAP, empreendedores locais
e das comunidades circunvizinhas para aprimorarem suas rendas e propagarem a
cultura local. No total, o evento reuniu 36 expositores de sete comunidades
quilombolas e da Vila de Porto Trombetas.
“A
ideia é que tivéssemos um bom fluxo de pessoas, por isso optamos por fazer o
evento no Centro Comunitário da vila, com 40 estandes. Tivemos biojoias,
cerâmicas, objetos de decoração, artesanato indígena, reciclagens, crochês,
artes em tecidos, comidas regionais e muitos outros produtos. Já havia um
interesse das comunidades e de empreendedores locais em expor suas mercadorias,
então unimos esses públicos e fizemos toda uma mobilização nas comunidades e na
vila para que todos participassem. Tivemos um leque de opções em artesanato e
gastronomia e as expectativas foram superadas. Estamos muito felizes com a
ação”, ressaltou a profissional que faz parte do Programa de Voluntariado MRN.
Fazer o bem é
contagiante
Paulo Azevedo, líder de Projetos da MRN e coordenador da Feira de Artesanato, destaca a importância da ação dos voluntários. “O grupo de voluntariado surgiu semeando ações do bem e trabalhando a inclusão social. Na Feira, as pessoas conseguem conhecer os pequenos produtores de cada comunidade e o nível de qualidade dessas produções. Os retornos que recebemos dos produtores são os melhores e conseguimos perceber a diferença que uma ação voluntária faz na vida das pessoas. O nosso maior reconhecimento é ver que essas pessoas estão felizes com suas produções, conseguindo uma melhoria das suas rendas e acreditando ainda mais nas suas capacidades de realizar e crescer. É só o começo de muitas outras ações, porque fazer o bem é contagiante”, afirmou.
Por
Redação Amazoon Notícia
Com informações da Comunicação MRN
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