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Foto: Ediego Batista |
A ação aponta a importância da conservação dos Sapos-Arlequim na Amazônia Brasileira
Uma equipe composta por um professor e alunos da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) realizou atividades de educação ambiental na Comunidade de Nova Betel, em Oriximiná, oeste do Pará. As ações foram voltadas para os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nova Betel, um polo de ensino em uma região com várias pequenas comunidades, distante 80 km da sede da cidade.
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Foto:Samuel Gomides (Atelopus hoogmoedi, Sapo-Arlequim) |
Participaram aproximadamente 200 pessoas, incluindo alunas e alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, além de seus familiares, como mães e pais. Foram promovidas apresentações sobre anfíbios e répteis da região e sobre a importância de se respeitar e proteger esses animais, além de desmistificar lendas negativas sobre eles.
O foco especial foi dado ao Sapo-Arlequim (Atelopus hoogmoedi), uma linda espécie que ocorre na região, com cores que variam do amarelo ao rosa. Após as palestras, foram realizadas atividades lúdicas e educativas, como jogo da memória com fotos de anuros da região, oficina de origami em formato de sapo, jogo de tabuleiro sobre anuros e desenhos para as crianças colorirem.
A participação e engajamento da comunidade foram grandes, com um retorno muito positivo. Muitas pessoas disseram que já viram o Sapo-Arlequim, e ficaram felizes em aprender mais sobre a espécie. A localidade planaltina foi a escolhida para iniciar esse projeto de educação ambiental pelo fato de já ter sido registrada a ocorrência do Sapo-Arlequim na região onde ela se insere. Além disso, o aumento do desmatamento nessa área suscita preocupações sobre o futuro desses sapos e de outras espécies nativas.
Os Sapos-Arlequim, também conhecidos como Atelopus, são considerados as joias da região neotropical, estando entre os anfíbios mais incríveis e coloridos da Terra. Vibrantes e diversos, eles embelezam as florestas e bacias hidrográficas das Américas do Sul e Central com as cores do arco-íris e são de grande valor cultural para muitas comunidades. No entanto, eles também são algumas das espécies mais ameaçadas do planeta. Na Amazônia brasileira, os Sapos-Arlequim podem ser encontrados próximos aos igarapés, indicando que as águas são puras e limpas. Quando as águas dos igarapés são poluídas e sujas, ou quando a floresta é derrubada, esses lindos sapinhos desaparecem, indicando que a natureza está sendo destruída.
Infelizmente, por causa da destruição ambiental, este belo e único grupo de anfíbios está desaparecendo diante de nossos olhos. Para evitar que isso ocorra, pessoas e organizações do mundo inteiro se uniram para formar a Iniciativa de Sobrevivência Atelopus (ASI) com um objetivo: salvar os sapos-arlequim da extinção. Para aprender mais sobre a ASI, acesse o site.
No Brasil, a ASI é formada por pesquisadores e conservacionistas da UFOPA, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), da Reserva Paulista – Zoológico de São Paulo, e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
As atividades de educação ambiental em Oriximiná foram lideradas pelo Prof. Dr. Samuel Gomides, membro da Iniciativa de Sobrevivência Atelopus, junto com os alunos de graduação Ediego de Sousa Batista, Jorge Emanuel Cordeiro Rocha, Jaíne da Silva Franco e Christian Narciso Silva.
Por
Redação Amazoon Notícia
Com informações da ASA - Amphibian Survival Alliance, UFOPA
Fotos: Ediego Batista e Samuel Gomides
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