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Diretores da AMDF foram à Câmara esclarecer como realiza os trabalhos e pedir apoio (foto: divulgação/ Comunicação CMO) |
Representantes da Associação de Moradores alegam falta de apoio da Prefeitura para coleta de resíduos.
A manutenção dos serviços de coleta do lixo doméstico e o funcionamento adequado do aterro controlado do Distrito do Flexal, na zona rural de Óbidos, no oeste do Pará, foi a pauta da Tribuna Popular desta quarta-feira (6) na Câmara Municipal de Vereadores.
A diretoria da Associação de Moradores do Distrito do Flexal (AMDF), solicitou a tribuna que esclareça as atividades da entidade em relação à coleta de lixo e à compra e manutenção do aterro, que foi alvo de críticas nas últimas semanas na Casa Legislativa.
Idália Araújo, presidente da AMDF, esclareceu aos vereadores presentes que a área onde está localizado o aterro foi licenciada pela Secretaria de Meio Ambiente de Óbidos em 2020, que atestou a possibilidade de atendimento das condicionantes ambientais para o depósito de resíduos sólidos, recolhidos do Distrito e de outras três comunidades: Arumã, Igarapé-Açu e Andirobal.
Esse processo foi fundamental para a compra da área, efetuada com recursos angariados pela entidade por meio de rifas e bingos realizados entre as populações interessadas. O pagamento foi realizado em duas vezes ao antigo proprietário, no valor de R$ 2.500.
No relato da presidente da entidade, a AMDF contou com a colaboração da Prefeitura de Óbidos em 2020, durante sete meses. A Secretaria de Infraestrutura cedia um motorista e uma caçamba para a coleta de lixo na região a cada 15 dias.
Em contrapartida, a Associação fornecia suporte de alimentação e mão de obra para a coleta do lixo doméstico.
“O combustível que foi citado que aparecia na minha casa não era pra mim, era pra fazer o trabalho em prol do bem comum pra todos. O Flexal tem 276 anos, então com o crescimento populacional é obvio que o acúmulo do lixo ia se expandir e foi o que aconteceu. Então pela necessidade foi que fizemos todo esse processo”, afirmou Idália, durante discurso no plenário.
Mas, segundo os diretores da AMDF, a partir de janeiro de 2021, a prefeitura deixou de ajudar na coleta e foram os próprios moradores que passaram a custear despesas com aluguel de veículos para transportar até o aterro os resíduos retirados do distrito.
“Eu quero dizer aos nobres vereadores e ao prefeito Jaime Silva que nós não somos inimigos de ninguém e não queremos prejudicar o trabalho de ninguém. O nosso objetivo é tentar ajudar todos de alguma forma”, ressaltou a presidente da entidade.
A presidente da associação afirmou que tentou diálogo com a administração municipal desde o dia 18 de janeiro de 2021, mas não obteve sucesso. Ao solicitar à Agência Distrital que articulasse uma reunião com o prefeito, para que fosse efetuada a contratação formal de quatro pessoas que já trabalhavam voluntariamente na coleta, receberam como reposta a negativa do chefe do Executivo.
“O senhor José Luiz, disse que tinha um recado do prefeito Jaime Silva, que o trabalho que fizemos foi muito importante pra toda a sociedade, porém a partir daquele momento o prefeito iria tomar conta dos trabalhos. Já tinha um carro contratado e também duas pessoas para trabalhar na coleta. Isso foi um arraso pra nós”, lamentou Idália.
A falta de diálogo e reconhecimento ao trabalho da AMDF revoltou os diretores, que decidiram continuar o trabalho sem o apoio da prefeitura.
Os vereadores da base do governo e de oposição que estiveram presentes na tribuna popular, convergiram para a ideia de que é preciso articular o diálogo entre a administração municipal e a AMDF, para garantir a continuidade do trabalho no distrito sem deixar de valorizar o trabalho da entidade.
Todas as demandas apresentadas na sessão devem ser encaminhadas para a prefeitura.
Vereadores presentes
Participaram da tribuna os vereadores Jalico Aquino (PL), Erneisson Aquino (PSC), Irmão Negão (PSC), Rylder Afonso (PSD), Robson Souza (PSD), Marcos Marinho (PSD), Chico Barbado (PL), Rubinho Souza (PL), Isamarc Soares (PSDB) e Mário do Mingote (MDB).
Por:
Redação Amazoon Notícia
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