O boletim do dia 14 de julho de 2020, elaborado pela Secretaria de Saúde de Óbidos, minha Macondo amazônica no oeste do Pará, registrava 19 mortes, após quatro meses e meio da pandemia da Covid 19.
O quadro se agravou drasticamente em Óbidos em janeiro de 2021: foram 18 mortes em 31 dias, o que exibe a gravidade da situação.
Hospitais lotados, pacientes infectados pelo novo coronavirus sendo transferidos de avião e helicópteros para outras cidades, o luto invadindo as famílias na cidade e na zona rural.
Muito provavelmente a cepa de Manaus, Amazonas, do coronavirus já se estabeleceu em Óbidos, o que explicaria a multiplicação dos casos confirmados e a explosão das mortes.
O momento não é de procurar culpados ou se eximir de responsabilidades.
Estamos em lockdown - o fechamento completo das atividades não essenciais - e é necessário redobrar os cuidados, aumentando as barreiras de acesso ao município não apenas na estrada, mas principalmente nas comunidades ribeirinhas, que cada vez mais recebem o êxodo dos irmãos do Amazonas, que sofrem a maior tragédia humana desde o início da pandemia.
O tempo é de unir esforços, desmontar os palanques de campanha, e redobrar a precaução, usando máscaras e álcool em gel, lavando as mãos e o rosto com frequência, fugindo de aglomerações, mantendo distância das outras pessoas, evitando visitas, se isolando em casa, sempre que possível.
Vidas obidenses importam.
Por- Ronaldo Brasiliense
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