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ANIVERSÁRIO DAS CIDADES
Pará entra em quarentena por 15 dias; segundo caso da covid-19 segue isolado

Pará entra em quarentena por 15 dias; segundo caso da covid-19 segue isolado

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Foto/ Reprodução Agência Pará

Em entrevista coletiva, governador anuncia medidas mais severas para garantir que a população fique em casa e não sucumba à histeria e paranoia

Agora é oficial e imperativo. Por decreto do governador do Estado, Helder Barbalho, o Pará está em quarentena. Serão 15 dias — quarentena nem sempre o período é de 40 dias exato — de medidas para garantir que a população evite ao máximo ir às ruas e fazer o novo coronavírus circular. Esse prazo pode ser prorrogado. As medidas, agora mais rígidas, incluem fechamento de shopping centers, bares, restaurantes, cinemas, teatros, pontos turísticos de ambientes fechados e suspensão do transporte interestadual (rodoviário e fluvial).

Tudo foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), nesta sexta-feira (20), e explicado em uma entrevista coletiva. Essas são as respostas imediatas do Governo do Estado por conta da confirmação do segundo caso de covid-19 em Belém, a doença causada pelo novo coronavírus. Helder e o titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Alberto Beltrame, disseram ter feito contato com a paciente.

A segunda pessoa infectada é uma mulher de 36 anos. Ela mora em Belém, sozinha, mas esteve em passagem por São Paulo e Rio de Janeiro. Quando voltou, fez os exames e esteve em isolamento voluntário desde então. Helder e Beltrame afirmam que ela seguiu todos os procedimentos corretos de segurança e está em situação estável.

Até as 14h desta sexta-feira (20), a Sespa registrou dois casos positivos de covid-19, 32 casos descartados e 81 casos em análise. O número de casos em análise vem subindo rapidamente desde o anúncio do primeiro caso confirmado.

Dos casos descartados, 15 foram de Influenza A H1N1, 1 de coronavírus HKU1 (existem vários coronavírus, mas só o novo causa a covid-19), 1 de adenovírus, 1 de Influenza B e 14 negativos para o painel viral. Nove amostras estão em análise no Instituto Evandro Chagas (IEC) e 72 no Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen-PA).

O Amapá confirmou o primeiro caso local também. A paciente de lá disse que esteve em Belém e entrou em contato com uma pessoa de São Paulo enquanto esteve na capital. Beltrame disse desconhecer essa informação e que vai contatar o Governo do Amapá para tomar ciência de toda a situação. E rastrear toda a cadeia de contatos que essa pessoa fez.

O número de leitos disponíveis para tratar casos graves da covid-19 não mudou. Seguem 24 ao todo. Beltrame, contudo, reforçou que as pessoas não devem correr para os hospitais sem antes ficarem atentas aos sintomas. Os leitos são para tratar apenas casos realmente graves. Na maioria dos casos, a doença pode ser leve, se tratada, e tem cura em pouco tempo. O isolamento social e medidas de higiene são suficientes.

Outra recomendação direta, relacionada à saúde pública, é que as pessoas não saiam comprando hidroxiclorquina sem necessidade. O medicamento é usado no tratamento de diversas doenças e está começando a faltar nas farmácias.

A hidroxiclorquina, em testes, teve um bom desempenho contra o novo coronavírus, mas ainda faltam conclusões mais sólidas. Beltrame criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por anunciar o uso desse medicamento sem a devida comprovação científica. Isso gerou outra corrida às farmácias em todo o mundo. Outros antigripais e antitérmicos e analgésicos não devem ser usados sem orientação médica. 
 
ORM

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